Livros e Leitura

O simples ato da leitura transforma

a nossa forma de pensar e enriquece

o nosso conhecimento,

gerando uma capacidade imensurável

de criar o inimaginável.



Thiago Henrique Miranda



segunda-feira, 1 de março de 2010

Rumo ao Oscar 2010!!! A cerimônia será no próximo domingo, dia 7

Matéria interessante sobre a maior premiação do cinema, publicada na Revista Isto É.
Leia na íntegra no site da revista:


O Oscar de cara nova


Caio Fernando Abreu




O escritor Caio Fernando Abreu acaba de ganhar uma biografia escrita por Paula Dip, de quem foi amigo por mais de 20 anos. Não é uma biografia convencional, mas a reunião de cartas e bilhetes que os dois trocaram durante o tempo em que compartilharam ideias e sonhos.Caio Fernando Abreu
Polêmico, intenso (visceral seria a palavra mais adequada), sarcástico e genial, assim era Caio Fernando Abreu (e aqui peço licença às meninas para tecer loas a um menino). Paula Dip, amiga de longa data, muitas vezes virou personagem das histórias do autor. Histórias essas que traduziam o cotidiano miudinho, esse que todos nós vivemos na carne diariamente. Não tem como ler os contos de Morangos Mofados, sua obra mais famosa – inclusive o livro é dedicado à Paula Dip -, sem se identificar em cada linha.
No livro Para Sempre Teu, Caio F., Paula conta histórias de quem pertencia ao mundo do autor, dividindo com ele segredos, alegrias e angústias, até sua morte, vítima de Aids, em 1996. Há também depoimentos de artistas que conviveram de perto com Caio Fernando, como Cazuza e Ney Matogrosso.
Lygia Fagundes Telles dizia que Caio Fernando Abreu era o “escritor da paixão”. E a autora de As horas nuas – outro libelo aos encantos da vida diária – tinha razão. Ele era mesmo intenso em tudo o que fazia. Tem alma em cada palavra escrita pelo autor. É um pouco da força dessa alma que Paula Dip tenta trazer para as páginas de Para Sempre Teu, Caio F.
A biografia se propõe a desvendar um pouco da personalidade de um dos autores que melhor traduziu seu tempo no cenário cultural brasileiro. Escritor, jornalista, roteirista, dramaturgo, ator e até astrólogo, de tudo Caio Fernando fez na vida. Principalmente, viveu intensamente os transgressores anos 80. Quando penso na obra desse escritor em particular,sendo que a obra é o espelho do artista, lembro de uma frase do filme Lisbela e o prisioneiro: “quero queimar minha vida de uma vez só, num fogo bem forte!”.



Ficha Técnica
Para sempre teu, Caio F.

Cartas, conversas, memórias de Caio Fernando Abreu
Autora: Paula Di
Editora: Record
504 páginas
Preço: R$ 58,00


Vamos conhecer mais sobre esse escritor brasileiro?

 

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

Nascimento 12 de Setembro de 1948
Santiago, Rio Grande do Sul
Morte 25 de Fevereiro de 1996 (47 anos)
Porto Alegre, Rio Grande do Sul
Nacionalidade brasileira
Ocupação jornalista, escritor, dramaturgo

Caio Fernando Loureiro de Abreu (Santiago, 12 de setembro de 1948 — Porto Alegre, 25 de fevereiro de 1996) foi um jornalista, dramaturgo e escritor brasileiro.

Apontado como um dos expoentes de sua geração, a obra de Caio Fernando Abreu, escrita num estilo econômico e bem pessoal, fala de sexo, de medo, de morte e, principalmente, de angustiante solidão. Apresenta uma visão dramática do mundo moderno e é considerado um "fotógrafo da fragmentação contemporânea".
Caio Fernando Abreu era homossexual assumido.

Biografia

Caio Fernando Abreu estudou Letras e Artes Cênicas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde foi colega de João Gilberto Noll. No entanto, ele abandonou ambos os cursos para trabalhar como jornalista de revistas de entretenimento, tais como Nova, Manchete, Veja e Pop, além de colaborar com os jornais Correio do Povo, Zero Hora, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo.



Em 1968, perseguido pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), Caio refugiou-se no sítio de uma amiga, a escritora Hilda Hilst, em Campinas, São Paulo. No início da década de 1970, ele se exilou por um ano na Europa, morando, respectivamente, na Espanha, na Suécia, nos Países Baixos, na Inglaterra e na França.



Em 1974, Caio Fernando Abreu retornou a Porto Alegre. Chegou a ser visto na Rua da Praia usando brincos nas duas orelhas e uma bata de veludo, com o cabelo pintado de vermelho. Em 1983, mudou-se para o Rio de Janeiro e, em 1985, para São Paulo. A convite da Casa dos Escritores Estrangeiros, ele voltou à França em 1994, regressando ao Brasil no mesmo ano, ao descobrir-se portador do vírus HIV.

Antes de falecer dois anos depois no Hospital Mãe de Deus em Porto Alegre, onde voltara a viver novamente com seus pais, Caio Fernando Abreu dedicou-se a tarefas como jardinagem, cuidando de roseiras. Ele faleceu no mesmo dia em que Mário de Andrade: 25 de fevereiro.

Bibliografia

Inventário do irremediável, contos. Prêmio Fernando Chinaglia da UBE (União Brasileira de Escritores); Rio Grande do Sul: Movimento, 1970; 2ª ed. Sulina, 1995 (com o título alterado para Inventário do Ir-Remediável).

Limite branco, romance. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1971; 2ª ed. Salamandra, 1984; São Paulo: 3ª ed., Siciliano, 1992.

O ovo apunhalado, contos. Rio Grande do Sul: Globo, 1975; Rio de Janeiro: 2ª edição, Salamandra, 1984; São Paulo: 3ª edição, Siciliano, 1992.

Pedras de Calcutá, contos. São Paulo: Alfa-Omega, 1977; 2ª ed., Cia. das Letras, 1995.

Morangos mofados, contos. São Paulo: Brasiliense, 1982; 9ª ed. Cia. das Letras, 1995. Reeditado pela Agir - Rio, 2005.

Triângulo das águas, novelas. Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro para melhor livro de contos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1983; São Paulo: 2ª edição Siciliano, 1993.

As frangas, novela infanto-juvenil. Medalha Altamente Recomendável Fundação Nacional do Livro Infanto-Juvenil. Rio de Janeiro: Globo, 1988.

Os dragões não conhecem o paraíso, contos. Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro para melhor livro de contos. São Paulo: Cia. das Letras, 1988.

A maldição do Vale Negro, peça teatral. Prêmio Molière de Air France para dramaturgia nacional. Rio Grande do Sul: IEL/RS (Instituto Estadual do Livro), 1988.

Onde andará Dulce Veiga?, romance. Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) para romance. São Paulo: Cia. das Letras, 1990.

Dov'è finita Dulce Veiga?, novela. Milão, Itália, Zanzibar 13, 1993 (Tradução: Adelina Aletti)

Bien loin de Marienbad, novela. Paris, França Arcane 17, 1994.

Molto lontano da Marienbad, contos. Milão, Itália, Zanzibar 32, 1995 (Tradução: Bruno Persico)

Ovelhas negras, contos. Rio Grande do Sul: 2ª ed. Sulina, 1995.

Mel & girassóis, antologia.

Estranhos estrangeiros, contos. São Paulo: Cia. das Letras, 1996.

Pequenas Epifanias, crônicas (1986/1995): ed. Sulina, 1996

Teatro completo, 1997

Cartas, correspondência. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2002 (organização de Ítalo Moriconi).

I Draghi non conoscono il Paradiso, contos. Pescara, Itália, Quarup, 2008 (Tradução: Bruno Persico)

Teatro

O homem e a mancha

Zona contaminada

Tradução

A arte da guerra, de Sun Tzu, 1995 (com Miriam Paglia).

A balada do café triste, de Carson McCullers, 2010.