Em 1974, Caio Fernando Abreu retornou a Porto Alegre. Chegou a ser visto na Rua da Praia usando brincos nas duas orelhas e uma bata de veludo, com o cabelo pintado de vermelho. Em 1983, mudou-se para o Rio de Janeiro e, em 1985, para São Paulo. A convite da Casa dos Escritores Estrangeiros, ele voltou à França em 1994, regressando ao Brasil no mesmo ano, ao descobrir-se portador do vírus HIV.
Antes de falecer dois anos depois no Hospital Mãe de Deus em Porto Alegre, onde voltara a viver novamente com seus pais, Caio Fernando Abreu dedicou-se a tarefas como jardinagem, cuidando de roseiras. Ele faleceu no mesmo dia em que Mário de Andrade: 25 de fevereiro.
Bibliografia
Inventário do irremediável, contos. Prêmio Fernando Chinaglia da UBE (União Brasileira de Escritores); Rio Grande do Sul: Movimento, 1970; 2ª ed. Sulina, 1995 (com o título alterado para Inventário do Ir-Remediável).
Limite branco, romance. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1971; 2ª ed. Salamandra, 1984; São Paulo: 3ª ed., Siciliano, 1992.
O ovo apunhalado, contos. Rio Grande do Sul: Globo, 1975; Rio de Janeiro: 2ª edição, Salamandra, 1984; São Paulo: 3ª edição, Siciliano, 1992.
Pedras de Calcutá, contos. São Paulo: Alfa-Omega, 1977; 2ª ed., Cia. das Letras, 1995.
Morangos mofados, contos. São Paulo: Brasiliense, 1982; 9ª ed. Cia. das Letras, 1995. Reeditado pela Agir - Rio, 2005.
Triângulo das águas, novelas. Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro para melhor livro de contos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1983; São Paulo: 2ª edição Siciliano, 1993.
As frangas, novela infanto-juvenil. Medalha Altamente Recomendável Fundação Nacional do Livro Infanto-Juvenil. Rio de Janeiro: Globo, 1988.
Os dragões não conhecem o paraíso, contos. Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro para melhor livro de contos. São Paulo: Cia. das Letras, 1988.
A maldição do Vale Negro, peça teatral. Prêmio Molière de Air France para dramaturgia nacional. Rio Grande do Sul: IEL/RS (Instituto Estadual do Livro), 1988.
Onde andará Dulce Veiga?, romance. Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) para romance. São Paulo: Cia. das Letras, 1990.
Dov'è finita Dulce Veiga?, novela. Milão, Itália, Zanzibar 13, 1993 (Tradução: Adelina Aletti)
Bien loin de Marienbad, novela. Paris, França Arcane 17, 1994.
Molto lontano da Marienbad, contos. Milão, Itália, Zanzibar 32, 1995 (Tradução: Bruno Persico)
Ovelhas negras, contos. Rio Grande do Sul: 2ª ed. Sulina, 1995.
Mel & girassóis, antologia.
Estranhos estrangeiros, contos. São Paulo: Cia. das Letras, 1996.
Pequenas Epifanias, crônicas (1986/1995): ed. Sulina, 1996
Teatro completo, 1997
Cartas, correspondência. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2002 (organização de Ítalo Moriconi).
I Draghi non conoscono il Paradiso, contos. Pescara, Itália, Quarup, 2008 (Tradução: Bruno Persico)
Teatro
O homem e a mancha
Zona contaminada
Tradução
A arte da guerra, de Sun Tzu, 1995 (com Miriam Paglia).
A balada do café triste, de Carson McCullers, 2010.